Eugénio Óscar Filipe de Oliveira

Grão-Mestre do G.·. O.·. L.·., Maçonaria Portuguesa
1996-2002


Eugénio Óscar Filipe de Oliveira
- Grão-Mestre do G.·. O.·. L.·. -

Curriculum Vitae

Nascido a 30 de Agosto de 1932 - Índia, filho de Eugénio de Oliveira e de Suzete Maria Ribeiro Filipe de Oliveira. Casado e pai de duas filhas.

Ingressa na Academia Militar (Escola do Exército) em 23 de Outubro de 1952, é promovido a Alferes em 1955 e a Tenente em 1 de Dezembro de 1957.

Em 1957 inicia a sua actividade de resistência organizada ao regime, ao assumir a distribuição da “Tribuna Militar” na Região Centro, efectuando também os contactos pessoais tendentes à divulgação do Ideário Democrático no meio castrense.

Em 1959, participa no “Movimento Revolucionário de 12 de Março”, mais conhecido por Revolta da Sé.

Promovido a Capitão em 1960.


Documentos

Discurso de 5 de Outubro de 2001

Comunicado por Timor, 16 de Setembro de 1999

“Por ter tomado parte activa e preponderante na rebelião armada que culminou com o assalto ao Regimento de Infantaria 3, em Beja, na madrugada de 31 de Dezembro para 1 de Janeiro de 1962” (sic, ficha da PIDE), foi preso em 2 de Janeiro de 1962, torturado e expulso do exército na mesma data.

Julgado no 2º Juízo Criminal de Lisboa (os tristemente célebres tribunais plenários) é condenado em 3 anos de prisão maior, na suspensão de direitos políticos por 15 anos e na medida de segurança de liberdade vigiada por dois anos prorrogáveis.

Libertado a 18 de Maio de 1966 da Cadeia do Forte de Peniche, sem profissão, biblioteca, carros, armas, e até carta de condução, apreendidos pelo regime e nunca restituídos.

Exerceu desde então a actividade de Gestor de Empresas até à sua reintegração no Exército, com o posto de Major, após o 25 de Abril de 1974.

Durante este período manteve sempre ligações com todas as forças democráticas da oposição ao regime, designadamente com camaradas de armas com quem “conspirou” até ao 25 de Abril.

Integrou a Comissão de Extinção da PIDE/DGS em 1974.

Em Março de 1975, comandando uma força da Escola Prática de Administração Militar, ocupa as Instalações da RTP, no Lumiar.

Em Novembro de 1975, comandando interinamente o Regimento de Administração Militar em Torres Novas, procedeu à neutralização das forças pára-quedistas de Santa Margarida que se tinham sublevado.

Promovido a Tenente Coronel em 15 de Dezembro de 1976 e a Coronel em 24 de Julho de 1981, dirige o Depósito Geral de Fardamento e Calçado até à sua passagem à Reserva, em 1988.

Passa à situação de Reforma em Dezembro de 1994.


Vida Associativa

Sócio nº 297 da Liga Portuguesa dos Direitos do Homem.

Sócio efectivo nº 186 (1954) do Clube Internacional de Foot-Ball.

Sócio nº 12 344 da Cooperativa Militar.

Sócio da Cooperativa de Estudos e Documentação.

Sócio efectivo da Associação 25 de Abril, onde integrou o Conselho Fiscal.

Sócio Fundador nº 1 da Casa de Goa e seu Presidente desde a Fundação em 4.06.87 até 15.06.91.

Agraciado com a Medalha de Agradecimento da Cruz Vermelha Portuguesa, em 1984, com a Medalha de Louvor da C.V.P. e com a “Cruz Vermelha de Mérito”, em 1988.

Sempre rejeitou qualquer outra condecoração militar ou civil, bem como qualquer indemnização ou pagamentos retroactivos derivados dos actos que praticou em consciência.